quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sem explicação

Se eu falar que eu sei o que estou fazendo, que vivo sem medo, preste bem atenção nos meus olhos e percebera que estou mentindo para te tranquilizar. Cresci e continuei menina, brincando de se maquiar, fazendo caretas, fugindo do que lhe incomoda, ainda sou a menina de poucos amigos, que brinca sozinha numa tarde de domingo, que não briga, não grita, serve de exemplo para as outras meninas que estão fazendo birra, correndo, se sujando. Acho que eu deveria ter aprontado mais, ter sido o tipo de menininha durona, agora não teria tanto medo de tudo. Não teria tanto medo de deixar as pessoas me conhecerem, só quem me conhece são os meus textos, só quem me conhece são os meus olhos, minha cabeça é cheia de ideias malucas e sujas que poucos conhecem, minha boca tem poucas palavras bonitas, sinto saudade de tudo quase sempre, e como sempre, ninguém sabe. Quando estou sozinha coloco uma música no último volume e saiu cantando aos berros, como se aqueles berros fosse a terra desconhecida, a parte de mim que praticamente ninguém conhece. Sou tão distante de tudo e, quando alguém se aproxima, corro, é tipo um animal na floresta quando vê um caçador, mas e quando todo mundo te parece um caçador? Ai a coisa complica.

Um comentário:

Fabi disse...

é crescemos em meios as nossas falhas, acertos e medos. belo.