Finalmente cheguei ao interruptor, e quando liguei a luz, uma surpresa: não tinha nada com o que me surpreender. Nada de novo, nada de engraçado, nenhuma lembrança velha para eu ficar brincando. Estava cheio sim, mas de entulho. Coisas afiadas que eu fui brincar algum dia e me machucaram, e guardei por medo de ter por perto.
Olhava tudo me indagando a cada segundo. Não achava motivo para tudo aquilo. Por que guardar coisas que eu não uso? Para que ter um lugar para guardar coisas já inúteis? Não achei as respostas.
O silêncio começou me incomodar. Desliguei a luz, estava prestas a sair, quando penso que fiquei pálida. Não havia de saber, já estava escuro de novo. A sensatez me caiu e percebi que toda aquela falta de motivo era a respeito de mim. Aquilo era eu.
Um comentário:
É bom passear por nós mesmos as vezes, redescobrir quem somos.
Um abraço.
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