terça-feira, 2 de junho de 2015

Todos nascem com um "Q" jornalístico.

   Todos nascem jornalistas. Todo cidadão nasce com o instinto animal de "cão de guarda da sociedade". Quando criança somos chatos, impertinentes com perguntas, queremos ter certeza de tudo, e as fontes mais confiáveis são nossos pais, que fazem malabarismo para encontrarem uma resposta que nos conformemos. Na infância as vezes falamos algo constrangedor, e logo nos censuram, ai é onde pode começar a desconstrução do jornalista que há dentro de cada um.
   A busca da verdade convêm à cada um de nós. Em certos casos é nosso dever e direito ter informações transparentes, por exemplo, saber como nossos governantes estão trabalhando com o nosso dinheiro. Então, por que nem todos buscam saber a verdade e apura-la? E os que tentam, por que nem sempre conseguem?
   Como mencionei, todos nascem jornalistas, mas nem todos permanecem jornalistas. Fazendo analogia ao Rousseau, a vida em sociedade corrompe o faro jornalístico que vem embutido ao nascimento de cada um. A curiosidade pelas explicações dos acontecimentos que nos rodeiam, todos possuem, mas se perde ou é silenciada (para mim é quase a mesma coisa) ao descobrir o jogo de poder político, e muitos outros jogos, que regem a realidade. Outro fator destrutivo de um futuro jornalista são os preconceitos que o individuo pode começar possuir a partir do convívio social, e um profissional com pré-conceitos estabelecidos, não tem como ser um bom profissional. 
   Ser chato e inconveniente são algumas das características de uma criança, e como disse, de jornalistas. Mas agir dessa forma não é bem visto pela sociedade. A criança, com medo, perde essas peculiaridades. Na verdade não todas, algumas continuam sem vergonha (no bom sentido, ou não), continuam fazendo perguntas "inadequadas" para o momento, crescem, e continuam ignorando as regras de bom comportamento estabelecidas, aprendem a jogar os jogos políticos, e se tornam jornalistas. Se não fossem eles, quem levaria a verdade para os jornalistas que não vingaram?

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